Porque eu parei um ano (e como eu estou voltando): a história completa
Sofrimento e resiliência
E aí? Tudo bem contigo?
Os participantes antigos da lista notaram que eu não só parei de publicar, como parei quase todo contato com o mundo exterior por cerca de um ano. Duas semanas atrás eu mandei um update rápido, e disse que esperava um dia contar a história do que houve num textão gigante. Hoje é esse dia.
Antes de continuar, porém, deixa eu avisar uma coisa: eu resolvi fazer esse texto fechado para apoiadores. Hey, calma, antes de você ficar decepcionado ou frustrado, eu tenho uma alternativa. Se você está interessado, mas realmente não tem como se tornar um apoiador nesse momento, eu habilitei o período de testes (free trial) de uma semana. Você sempre pode iniciar o período, ler, e antes dos sete dias, cancelar. Assim eu reservo essa história pessoal para quem realmente está interessado, sem excluir quem não possa dar o apoio no momento.
Se você escolher apoiar, mesmo que temporariamente, acredito que ao menos a história irá prender sua atenção e espero que valha seu apoio e tempo. Se achar que não, sempre dá para cancelar em menos de sete dias. Então vamos lá…
Porque eu parei um ano (e como eu estou voltando): a história completa
Como essa história envolve problemas de saúde, antes de começar, quero deixar claro que meu objetivo em contar isso não é me queixar, reclamar nem fazer drama - eu sei que tem gente que passa por coisas muito mais graves, com lutas mais valentes que a minha (inclusive muitos leitores me mandam relatos incríveis) e no geral tenho sorte. Muita gente trocaria de lugar comigo num instante, e não esqueço meus privilégios.
Eu mesmo já passei antes por problemas mais graves, tanto de saúde mental (quando meu irmão faleceu em 2015, foi tenso. Acho que o maior trauma da minha vida), quanto física: quando a pedra na vesícula ameaçou entalar me jogou numa crise potencialmente fatal. Tive passeio de ambulância com UTI e tudo, cheguei a afundar naquele pântano cinzento e enevoado onde nada mais sentia, apenas um distante e irritante barulho, que no fim eram os alarmes da UTI chamando os enfermeiros que me trouxeram de volta. Foi… “interessante”. Mas isso foi em 2016, e é uma outra história. (E não, morfina não é legal, não curti. Talvez sem a dor 10/10 seja melhor, mas não saberia dizer).
O problema dessa vez não foi a gravidade dos problemas, foi que acumularam várias crises, e aí eu precisei parar pra cuidar de uma por vez.
Anyways. Do começo, Daniel. Isso não vai ser fácil…E nem rápido. Antes de falar da crise de 2022, eu tenho que falar de várias coisas, o histórico anterior. Ta com tempo?
Começou com algo que descobri na adolescência…